Era um dia
cinzento. Gina estava angustiada, triste... e os pensamentos trouxeram
lembranças em sua cabeça, como se fossem um filme a rodar. Aproximou-se da
cômoda, junto a janela, pegou um caderno e abriu em algo, que havia escrito a
noite, e leu:
Há do outro lado, em outra dimensão, um brilho
dourado, cheio de luz. Há um caminho após esse tempo, cujo brilho é um terno
chamamento, que hoje em dia, me seduz!
Há uma Mão Divina que me afaga e coloca estrelas em meu caminho, nas noites cheias de tristezas de um céu sem brilho, em que choro baixinho, que me conforta e me dá carinho!
Há um anjo de Deus dentro mim, que em minhas angustias, afaga minhas dores, e me faz sonhar com um mundo novo, que está bem perto de chegar, onde estão a me esperar, verdadeiros amores!
Há uma vida que aos poucos se apaga, uma esperança vencida, desbotada, de tanta decepção, num canto jogada. Há um ser perdido, atrás dessa Luz Divina, querendo por Deus ser amparada.
Há uma Mão Divina que me afaga e coloca estrelas em meu caminho, nas noites cheias de tristezas de um céu sem brilho, em que choro baixinho, que me conforta e me dá carinho!
Há um anjo de Deus dentro mim, que em minhas angustias, afaga minhas dores, e me faz sonhar com um mundo novo, que está bem perto de chegar, onde estão a me esperar, verdadeiros amores!
Há uma vida que aos poucos se apaga, uma esperança vencida, desbotada, de tanta decepção, num canto jogada. Há um ser perdido, atrás dessa Luz Divina, querendo por Deus ser amparada.
O sol frio do
final da tarde trazia lembranças da adolescência. Na imensidão, ainda conseguia
avistar, em meio aos prédios altos e nuvens, um surgir manhoso da lua, que
preguiçosamente, quase se escondia dentre eles e, da janela do seu quarto, Gina
observava pensativa.
As lágrimas
marejavam os seus olhos... Reminiscências de um tempo lindo! Pensava nas
brincadeiras no quintal da casa em que morava, nos amigos, no futebol jogado no
campo de lama, nas paixões, no encantamento com o mundo novo, que se
descortinava na plenitude da adolescência.
Quantas
recordações, quantas peraltices e armações, compunham aquela história de vida!
Era um tempo, em que se podia caminhar livremente, pelas ruas da cidade do
interior, onde morava. Onde sentar na praça, com os colegas, na saída da
escola, ou, nos momentos em que conseguiam escapar de matérias que não gostavam
muito, era ter o mundo nas mãos.
Muitas
histórias, naquele instante se confundiam em sua cabeça. Todas guardadas com
muito amor, carinho e saudade.
Muitos sonhos
vividos, muitos, apenas sonhados. Ah! Os amores... Alguns forçosamente,
interrompidos; outros, que nem foram concretizados, mas todos de tamanha
importância, que fazem parte das suas melhores lembranças, embalados com muito
cuidado e zelo, latentes em sua alma, em seu coração.
O olhar distante
e perdido de Gina, naqueles olhos, que um dia, fora apenas, uma perdida ilusão!
Olhos que não conseguiram enxergar adiante. Talvez Por ser muito menina, ou,
fosse mesmo insignificante, diante daquela grandeza e que tivera que se negar.
Estava ali perplexa,
ante a sua realidade. Mas, contraditoriamente, indiferente a ela. Estava dentro
de si mesma, onde encontrava força para continuar a luta de cada dia. Dentro de
um baú, onde servia de refúgio e aconchego em determinadas horas.
Ainda ressoavam
em seus ouvidos, os sorrisos, as brincadeiras de infância, aquele imenso
quintal! O rio que separava, não só as duas margens, mas, sonhos, amores e
ilusões!
Lembranças que permaneciam intactas! Os amigos que
passeavam em sua memória, pareciam ter acordado de um sono profundo! Um mundo
mágico, onde podia fechar os olhos e destemidamente, voltar.
De repente, um som assustador lhe fez voltar a
realidade; eram carros passando numa rua, logo ali adiante, num buzinaço
terrível, no afã desesperado, de continuarem seus percursos, sem que nada os
pudesse atrapalhar.
2 comentários:
Veo que aquí comienza y ya comienza muy bien esa romance tierno y amoroso que casi todos/as, nos pasó algo similar.
Muy buena entrada. Un abrazo.
Uma bela infância é uma recordação que nos acompanha para toda a vida, não? E determina o que seremos, com certeza! Parabéns à Gina por essa infância, boa semana.
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