quinta-feira

Frêmito da paixão


Frêmito da paixão


Perola Bensabath

Roberta cresceu tentando simplificar o mundo, até fazê-lo caber dentro de um baú de joias... Um baú repleto de magia.
A vida na infância, que se prolongou, foi como um lago tranquilo, enfeitado por pétalas de rosas. Correndo na praia, brincando de roda, descalça, cabelos ao vento num emaranhado de sonhos. A adolescência chegou vagarosamente e a sensualidade veio se avizinhando, até que explodiu...em sonhos eróticos, em carícias solitárias, em desejos incontidos.
Aos 16 anos era uma mulher linda e sorridente. Começou a ler romances de amor.
Mas ela queria mais que amor. Roberta queria as carícias sensuais do sexo, Roberta queria... ser transformada em uma mulher...  Conhecer os segredos do erotismo pleno.

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Lúcia Laborda

Certo dia, em pleno verão, noite quente, calor abrasador, ela decidiu ir até a praia molhar o corpo e sentir a brisa advinda do mar, sentar na areia e observar as estrelas. Aquele lugar, nessa época, ficava cheio de turistas que queriam desfrutar daquele local paradisíaco. Assim, Roberta vestiu o biquíni e foi até a praia. Haviam muitas pessoas que talvez, tivessem o mesmo pensamento dela.
Além da simplicidade, era bela, tinha um corpo bonito e uns olhos vivos, sensuais, que chamavam a atenção. Sem se dar conta, ela estava sendo observada por um dos rapazes que ali se
encontravam. Ao vê-la passar, decidiu dar um mergulho também. Entrou no mar e se dirigiu a ela e começou a fazer perguntas sobre o lugar, sobre o mar e por fim, sobre ela. Naquele instante, os olhos se cruzaram e ela sentiu algo diferente. Um friozinho percorreu pelo seu corpo. Ela nunca havia sentido nada igual. Num impulso ele segurou-a pela mão e perguntou se podia nadar com ela.
Naquele instante, ela estremeceu e ele carinhosamente observou; você está com frio, venha que lhe aqueço e abraçou-a com carinho.
Gabriel era o nome daquele rapaz. Lindo, olhos verdes, duas contas. Um olhar sensual que parecia desnudar qualquer uma. E não foi diferente com Roberta. E se denunciaram quando os olhares se cruzaram. Pareciam que eram velhos conhecidos.

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Maria Teresa Freire

E naquela praia, em pleno mar verde esmeralda, de águas mornas e ondas suaves a paixão explodiu. O abraço trouxe-a mais para perto. Os lábios desejosos do beijo se encontraram e se uniram com sofreguidão. Lento, sensual, profundo, provocador de outras sensações. Puxa-a mais ainda para si. O encaixe era perfeito. Feitos um para o outro. Vagarosamente, levou- a em direção à praia, vazia. Areia quente do sol ameno convidava ao amor. Olhos fixos um no outro, sentindo o forte apelo sexual a gritar a plenos pulmões, ele a conduziu para o recanto protegido por árvores e arbustos. Delicadamente lhe tirou o biquini. Os seios entumecidos ansiavam por carícias. O corpo todo clamava por ele, pela sua masculinidade. Carinhosamente, ele tateou aquele corpo nu, esplêndido, a espera do amor abrasivo. Roberta quase perdeu os sentidos. Não conhecia nenhuma das sensações que o prazer sexual podia causar. As carícias se adensaram e ele gentilmente conduziu a mão dela pelo seu próprio corpo para que ela sentisse o frêmito da paixão.

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Daniel Lopes de Oliveira


E sua mão ao percorrer por aquele corpo, pode sentir a rigidez do falo que já se encontrava preparado para uma batalha que ela tanto ansiava, mas que, até então, só existia em sua imaginação e na delícia dos seus sonhos e devaneios eróticos, onde o clímax sempre a deixava toda umedecida pelos licores do prazer que emanavam do seu sexo. À medida que ela acariciava aquele apêndice do corpo masculino, com que ela tanto sonhava, sentia que também estava levando Gabriel à loucura, pois ele intensificava, cada vez mais, suas carícias e não poupava nenhuma parte do corpo de Roberta, beijando-a totalmente com sofreguidão. Afinal, Gabriel não era um novato na arte de amar, porém, sabia que tinha em seus braços uma jovem, cujos frêmitos, demonstravam que era uma fruta que estava preparada para ser desfrutada em todo seu esplendor, mas que ainda não havia sido colhida. Roberta, mesmo sem ter a mesma experiência de Gabriel, correspondeu aos seus carinhos e desbravou seu corpo com seus lábios o que, num instante levou os dois a um orgasmo homérico que ele nunca havia experimentado e ela, que estava sendo iniciada, também nunca havia sentido uma sensação como aquela, que lhe deixava totalmente desvairada suplicando a ele que queria ser possuída totalmente naquele instante. Gabriel viu que tinha à sua mercê uma virgem pronta para ser deflorada. Mesmo achando que tal ato deveria ser realizado com toda pompa sobre uma alcova forrada de linho e cetim, dado ao estado de excitação em que ambos se encontravam, sabia que não poderiam esperar mais, e cuidadosamente, com todo o carinho que a situação exigia, penetrou-a, pela primeira vez, lentamente, naquele ninho do amor. Roberta sentiu, inicialmente, um certo incômodo, ao ter aquele membro viril sendo penetrado em suas entranhas. Sentia um misto de dor e de prazer. Quando Gabriel imprimiu um ritmo maior nos movimentos de entrar e sair daquele ninho de amor, a reação de Roberta foi inusitada e surpreendente, pois, pedia cada vez mais que ele aumentasse o ritmo e não parasse. Estava totalmente tomada pelo desejo e arquejava numa demonstração de que estava prestes a irromper num gozo espetacular. E realmente aconteceu. Os dois acabaram chegando ao apogeu simultaneamente e gozaram como nunca podiam imaginar. Seus gemidos poderiam ser ouvidos de longe. Por sorte a praia estava deserta e eles puderam sentir o gozo do amor se serem molestados. Depois daquela primeira e gostosa experiência sexual, combinaram que a próxima seria em um quarto de motel, onde eles continuariam a desvendar as delícias do amor.

Um comentário:

O Árabe disse...

Escrito a quatro mãos, pelo que vi. Mas ficou muito bem; bem harmonizados os textos, narrativa uniforme e coerente! Ótimo post!